sábado, 15 de dezembro de 2007
Nada tem a perder aquele que nada tem
Pela volúpia incontida em ter-te
Que não posso pagar nenhum preço
Mas se de ti me afasto um instante
Me resta a pior dor que possível
Mas em rever-te o sol renasce de forma incrível
Tem momentos que não percebo-te
Apenas acho que morri
E que todos os anjos me sorriem
Então não deixo de agradecer pela morte
Mas ainda assim preciso de mais
A transcendência não leva a paz
Como pode haver paz sem te tocar?
Eu não tenho um segundo dela
Quando tiver conseguido o que vai me restar?
Apenas esse grande momento cultivar
E a cada instante renovar nossa história
Do amor eterno a reconstrução compulsória
Por favor me desculpe...
Apenas não posso estar no anonimato
Ser incógnito não me basta
Quero viver esse amor ingrato
Não me contento em admirar-te
Prefiro sentir a dor de ter vivido
A vegetar no marasmo voluntário do receio de viver
Por que lutar?
pelas poucas coisas da vida
contra belas mentiras da vida
Todas têm em comum a ilusão
Do meu povo, pra todos eles
Parece que só resta a exploração
Só esperar a piedade
Daqueles que não tem coração
E ainda assim o vazio existe
Ainda que não tão triste
Por mais que em fingir insiste
Só luta o que resiste
Não chore por nada
Porque há muito pelo que chorar
Não se atormente por pouco
Porque há muito querem te atormentar
Não lamente sem motivo
Lamente pela falta de liberdade
Lamente por não viver
e ainda assim
Não lutar
Estórias infantis perdidas
Não posso imaginar o "porque"
Do pecado existencialista
em tão bela ainda exista
Em si tamanho descontentamento
Que assombra teu Pensamento
Eu triste apenas lamento
Assim que posso te auxiliar
dando o conselho que nunca se dá
E mesmo sabendo, tento
Mas agora sou a parte menos importante
De toda essa estória infantil
O personagem menos relevante
E o que mais tem a dizer
Mesmo quando não diz nada
E quando eu sinto que estou vencendo
Na verdade estou só fugindo
quando o céu caí e eu retorno ao Chão
ai sim estou em mim
Porque não sou o que se perde
Mas sim o que sempre encontra
E só por isso que não posso baby
não posso te deixar levar-me
Não posso!
Deixar-lhe me dizer que já perdi o jogo
E assim eu vou sobreviver
Assim a despeito do que te acontecer
continuarei tocando minha sinfonia
A mais cruel e egoísta que já existiu
Continuarei vivendo
O que importa
Tudo é tão mais fácil e tão simples
Um passo pra que tudo se amplie
Uma palavra que demonstre gostos
Nossos gostos em comum, ou secretos.
Secretados em tod’os nossos poros
Que de volúpia escapa a nossos olhos
De matar os invejosos decreptos
Que todos eles tenham por castigo
Essa nossa já intensa felicidade
Que eu que já tenho poucos por “amigo”
E já nem me importo com inverdade
Há tempo já não tenho tanta vaidade
De esperar de todos apenas a bondade
A realidade está mais perto do que imaginas
Pra ver o que há de mais próximo
Pra ver o próximo que sofre
Pra viver pra valer
A encontrar comigo mesmo
Que enfim se comove
Ninguém viu
Uma criança chorar quando chove
As gotas suprimem a lágrima
Quando novamente o céu se abriu
Pessoa alguma olhava pasma
A criança ainda se move
Os olhos sempre no chão
Como se já não tivesse um coração
Então também choro
Sem saber mais qual caminho estava seguindo
O muro é alto de mais pra saltar
Já nem sei onde moro
Será que eu estava mentindo
Já não dá tempo de voltar
A verdade é que não há chuva
É só o som do silêncio
Daquele que não quer ver a realidade
domingo, 25 de novembro de 2007
Mesmo quando a vejo vencer tudo o que acredito como certo
Não entendo como posso por tanto gostar
Ainda que pense apenas em uma maneira de poder estar perto
Entender o motivo pelo qual tenho que me afastar
E uma conturbada história que não se conta
Um desmedido sentimento que não se entende
Por mais que queira explicar
Não posso ver até onde se estende
Mas o outro este sim esta perdido
Está certo de que o sol e a lua são um só
E precisa de um entardecer pra lhe mostrar
Será que existe desventura maior?
Será que não há outra maneira de ele poder ver?
Às vezes acho que o teste é duro de mais
Talvez seja só mais uma tentativa de encontrar paz
Nunca estarei certo disso, porém desconfio que isso não seja o mais importante.
Penso apenas em te dar aquele velho livro da estante
Penso em disser-lhe uma bela poesia
Ando meio perdido a esmo
A única certeza é de não trair a mim mesmo
Mas nunca dura demais para retomar minha alegria
Só tenho medo que isso se complique
E minha situação se agrave
Ele sim tem que temer tudo o que vier
Vou me esforçar para salva-lo o mais que puder
Sob pena de se perder de forma fatal para ver o mundo real
Ou então de trair-me da tal forma que tudo se quebre
Espero não escolher gato por lebre
Como posso estar...
Nem mesmo sei quem sou mais
Se o que apunhala
Ou o que espera pacientemente pra ser abordado às 3 da manhã
Em uma escura via da periferia da cidade
Quero a simples certeza de que vou estar vivo depois
Sei apenas que não podes escolher os dois
Assim parece que nada dará a essa situação um jeito
Será que essa dor que dilacera o meu peito
Esta me matando ou me fortalecendo?
É assim que eu vivo
Sem saber se continuarei vivendo
Marlon Whistner
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Por que lutar?????
Por que lutar? Por que dedicar tanto tempo de nossas vidas para tentar construir um mundo melhor? Por que se manter firme frente às dificuldades imposta pelo modelo social que estamos inseridos?
Essas são perguntas que devem estas sempre postas para os que militam por uma sociedade mais justas e igualitárias. Afinal nós doamos boa parte de nossas vidas para construir uma alternativa mais justa a sociedade em que vivemos, e a maioria das pessoas ainda nos julgam por loucos e insensatos, sonhadores e idealistas, e não conseguem compreender a necessidade de nossa luta. Pois digo que na verdade somos apenas mais lúcidos, conseqüentes, realistas e realmente somos sonhadores acima de tudo.
Sonhadores sim, idealistas não, isso é algo devemos lutar para desconstruir, porque não se construirá uma nova sociedade apenas a partir de nossos sonhos de igualdade entre as pessoas, por isso venho reivindicar o socialismo como uma alternativa ao modo de produção capitalista e o marxismo como método cientifico e filosófico para explicar a o mundo em que vivemos e o contexto da luta de classe partindo desse modo de produção.
Dessa forma, temos uma possibilidade clara a partir de um método cientifico de construir essa sonhada sociedade, buscando por objetivo principal a felicidade humana mais plena e pura, que só pode ser alcançado a partir de uma mudança no modo de produção que segundo Marx rege todas as relações humanas, assim tornando possível o fim da competitividade entre os homens, e a construção de uma luta unitária pelo bem social de todos.
Voltando assim a nossas inquietações iniciais, devemos perceber que a elite tem para todos nós um plano. E esse só atende aos seus próprios interesses egocêntricos e egoístas, portanto tomo como certas as palavras de Lênin que diz que “os interesses da burguesia e dos trabalhadores são inconciliáveis”. Tenho luta na militância do movimento estudantil e isso por vezes me deixa muito contente e me faz sentir que posso fazer algo para mudar as coisas, contudo já há algum tempo tenho percebido que essa, a luta estudantil não é tão importante, veja bem, não estou dizendo que não devemos lutar pela melhora da educação, não, não é isso, todavia percebamos que fazer um movimento estudantil realmente de luta e conseqüente é perceber, que realmente a maioria das pessoas não consegue perceber a necessidade de lutar por uma sociedade mais justa, mesmo porque a maioria ainda se ilude por essa falsa democracia e falsa liberdade defendida pelos liberais.
Mas como podemos ser livres se a liberdade é apenas para aqueles que têm dinheiro para faze o que querem, e como pode existir democracia em uma sociedade em que apenas os ricos e poderosos participam das decisões políticas, e tomam essas decisões apenas de forma que elas os beneficiem de todas as formas. Essa é a grande tarefa do movimento estudantil: construir a consciência de classe na juventude e propagandear a luta dos trabalhadores, porque essa sim é a luta que vai trazer reais mudanças para todo o conjunto dos oprimidos na nossa sociedade. Mas aqueles que ainda não podem ver que vivemos em uma sociedade dividida em classes, assim o fazem devido ao fato de que são criados no capitalismo e dessa forma tem uma consciência capitalista e pequeno burguesa.
Se envolver apenas na luta especifica dos estudantes é algo engrandecedor, contudo, essa luta deve ter apenas um caráter pedagógico, deve ela ser apenas parte de algo muito maior, apenas o principio e nunca o fim, lutar junto dos trabalhadores significa estar na vanguarda da luta por salários melhores, pelo direito de lutar de cada pai de família, de se aposentar, isso não significa uma luta dos estudantes por outra classe, mas sim uma luta dos estudantes por si mesmos, tendo me vista que somos uma única classe, e que lutamos pelo nosso próprio direito, que não no iludimos e que sabemos que ao termino deste período como estudantes estaremos na mesma situação de nossos companheiros trabalhadores, pois ai, claro seremos nós os trabalhadores.
Por tudo isso é que devemos ter clareza de que o movimento estudantil, por si só, não mudará o mundo em que vivemos – Para aqueles que não acreditam em mudar o mundo deixo de presente apenas um livro de História qualquer – é preciso estar na vanguarda dos movimentos sociais e fortalecê-los e mais que tudo lutar de forma conseqüente para mudar o sistema, pois essa é a verdadeira origem da precarização da educação e do trabalho.