domingo, 25 de novembro de 2007

Mesmo quando a vejo vencer tudo o que acredito como certo

Não entendo como posso por tanto gostar

Ainda que pense apenas em uma maneira de poder estar perto

Entender o motivo pelo qual tenho que me afastar

E uma conturbada história que não se conta

Um desmedido sentimento que não se entende

Por mais que queira explicar

Não posso ver até onde se estende

Mas o outro este sim esta perdido

Está certo de que o sol e a lua são um só

E precisa de um entardecer pra lhe mostrar

Será que existe desventura maior?

Será que não há outra maneira de ele poder ver?

Às vezes acho que o teste é duro de mais

Talvez seja só mais uma tentativa de encontrar paz

Nunca estarei certo disso, porém desconfio que isso não seja o mais importante.

Penso apenas em te dar aquele velho livro da estante

Penso em disser-lhe uma bela poesia

Ando meio perdido a esmo

A única certeza é de não trair a mim mesmo

Mas nunca dura demais para retomar minha alegria

Só tenho medo que isso se complique

E minha situação se agrave

Ele sim tem que temer tudo o que vier

Vou me esforçar para salva-lo o mais que puder

Sob pena de se perder de forma fatal para ver o mundo real

Ou então de trair-me da tal forma que tudo se quebre

Espero não escolher gato por lebre

Como posso estar...

Nem mesmo sei quem sou mais

Se o que apunhala

Ou o que espera pacientemente pra ser abordado às 3 da manhã

Em uma escura via da periferia da cidade

Quero a simples certeza de que vou estar vivo depois

Sei apenas que não podes escolher os dois

Assim parece que nada dará a essa situação um jeito

Será que essa dor que dilacera o meu peito

Esta me matando ou me fortalecendo?

É assim que eu vivo

Sem saber se continuarei vivendo



Marlon Whistner

Nenhum comentário: